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quarta-feira, 25 de setembro de 2013


Entrevista com Amanda Luiza (parte 2)

Bom dia abolicionistas lindos! Fiquem com a segunda parte da entrevista com a vegana de Fortaleza (CE) Amanda Luiza. Espero que ela seja um exemplo de história para todos vocês se tornarem vegans.




Amanda e sua cachorra Pilanha.


6. Na sua cidade existem muitos estabelecimentos vegetarianos ou os supermercados tem variadas opções para quem é?

R: Em Fortaleza, existem alguns supermercados onde encontrados muitos produtos, como verduras e frutas orgânicas, agar- agar ( substitui as gelatinas convencionais feitas de cartilagem e restos de animais), chocolates veganos, barras de cereal, produtos congelados, sorvetes. Tem alguns restaurantes que oferecem opções vegetarianas e veganas. Temos algumas hamburguerias, existe uma pizzaria em especial que tem  opções  veganas com mandiokejo e é uma delícia. Contamos também com amigos veganos que fabricam artesanalmente comidas veganas incríveis, A Fantástica Cozinha da Carol, Amora Liberdade Gastronômica, El Laricon, Veg Gourmet e Bike Vegan. Mesmo com todas essas opções, ainda é muito carente, as opções ainda não são acessíveis ao grande público. Temos sempre que nos deslocar para bairros distantes para encontrar alguns produtos específicos e até mesmo recorrer à internet.

7. Você tem animais em sua casa? Se sim, quantos são e de quais espécies eles fazem parte?

R: Tenho duas cadelas. Foram resgatadas das ruas muito doentes.

8. O que você costuma fazer para contribuir com a preservação da natureza?

R: Por ser vegana já mudei bastante meus hábitos. Não consumo ingredientes de origem animal, isso já é muito valioso, pois sabemos que a pecuária polui o meio ambiente, desmata as florestas etc. Também tento reduzir o consumismo e sempre escolho produtos feitos com materiais biodegradáveis, orgânicos, recicláveis.  Faço coleta seletiva do lixo e não utilizo materiais descartáveis.

9. Muitas são as pessoas que gostam de animais, mas pela cultura egoísta e já enraizada pela sociedade dizem não conseguir parar de comer carne, pois é muito difícil e o sabor é muito bom, o que você falaria para elas?

R: Muitas pessoas pensam que vegetarianos são indivíduos que não gostam de carne. Vegetarianos/veganos um dia comeram carne e muitos deles sentiam prazer em comê-la. A mudança de hábito é iniciada por não ser justo outro animal morrer para agradar paladares. Tente outros sabores e liberte seus escravos dessa exploração.

10. Rapidinha...

Diga apenas 1 palavra para descrever :
1-   Veterinária- profissão
2-   Saúde-  vegana
3-   Veganismo-  missão
4-   Morte- desnecessária
5-   Vida- respeito
6-   Abolição animal- necessária
7-   Direitos-  vida, liberdade.
8-   Deus- ama todas as criaturas sem distinção
9-   Meio ambiente - recuperação
10- Sustentabilidade- permacultura

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terça-feira, 24 de setembro de 2013


Entrevista com Amanda Luiza (parte 1).



Nome: Amanda Luiza Oliveira do Nascimento
Idade: 23 anos
Cidade/Estado/País: Fortaleza- CE- Brasil
Profissão: Estudante de medicina veterinária
Segue que tipo de dieta vegetariana: Vegana
Desde quando: desde janeiro/2013
Facebook ou qualquer outra rede social que você queira mostrar, e que seja sua: https://www.facebook.com/amanda.luiza.338

1. Amanda, como que você começou a seguir a filosofia vegetariana? Quando sua consciência acordou para essa questão?

R: Desde criança sempre gostei de animais, mas nunca tive animais de estimação por morar em apartamento e meus pais não deixavam. Sempre cuidava do cachorrinho ou gatinho da vizinha, da avó. Esse amor me estimulou desde pequena a “querer ser veterinária quando crescer”. 
A medicina veterinária para mim era a profissão de cuidar e amar os outros animais. Fiquei com esse sonho guardado. Alguns fatos foram traumatizantes, mas não o suficiente para me tornar vegetariana logo na infância. Um que me marcou muito foi a morte de um carneiro em um aniversário de uma tia para fazer um churrasco, ela tinha ganhado o bichinho de presente. Ele era lindo ainda lembro dos olhinhos azuis dele. Eu chorei, gritei e derrubei a panela do “almoço” no chão, mas como sempre somos encarados como anormais por não achar natural matar outros animais. Já presenciei minha avó matar galinha sempre me escondia para não ver e o outro foi a ida com meu pai a um restaurante q vende peixe vivo, assim que entrei o rapaz bateu na cabeça do peixe com uma madeira e ele começou a se debater, chorei muito e fomos embora.Somos ensinados a fez sonhar sempre em cursar medicina veterinária. Em 2010, comecei o curso de veterinária e me deparei com a realidade nos primeiros dias, descobri que o curso é de cunho extremamente exploratório, no qual a produção de carne, leite, ovos etc é bastante difundida.  Me deparei com termos que me fizeram perceber que estava tudo errado. Abate, gado de corte, animais de produção, sacrifício me traumatizaram e contribuíram para minha mudança de postura. Em uma aula ministrada por uma professora socióloga convidada ela teve a brilhante ideia de passar o vídeo A carne é fraca. Então a partir desse dia me tornei ovo-lacto vegetariana e em janeiro vegana.

2. Sua família é vegetariana? Se não, eles aceitaram bem a sua escolha ou tiveram alguma resistência?

R: Meus pais sempre me apoiaram em tudo e não foi diferente com o vegetarismo e depois veganismo. Minha mãe se tornou vegana também. Ela aprendeu a adaptar todas as receitas; a ler rótulos nos supermercados; procurar os produtos que não testam em animais; passou a comprar sintéticos, antes ela adorava bolsas de couro. Também participa de todos os eventos comigo, como piqueniques, palestras, feiras e rodízios que ocorrem aqui. Meu pai aceita a nossa filosofia de vida, mas nunca teve interesse em mudar. Eu sempre estou conversando, mostrando vídeos para conscientizá-lo.

Amanda com seus amigos e sua mãe no 6° Vegnic em Fortaleza.

3. E seus amigos onívoros? Eles questionaram a sua mudança de hábito alimentar?

 R: Li uma frase certa vez que dizia que amigos de verdade nunca te abandonam e realmente foi o que aconteceu. A minha melhor amiga chamada Cecilia teve fundamental importância nesse processo todo. A primeira cadela que adotei estava abandonada na rua onde ela morava. Eu tinha me mudado recentemente para uma casa e nunca tinha tido um cachorro, porque meus pais não deixavam. Então ganhei a Pilanha.. rsrs Esse é o nome da minha princesinha que hoje está linda e saudável. Essa adoção foi o primeiro passo para iniciar uma nova vida direcionada para proteção animal.  Cecilia tornou-se vegetariana em transição para o veganismo e me orgulho muito dela por isso. Então, nossa amizade só tem fortalecido cada dia mais. Outro amigo muito importante é o Matheus, colega de turma de faculdade, sempre teve do meu lado desde o meu primeiro dia vegetariano e me apresentou o veganismo. A maioria dos meus amigos não veganos aceitam e admiram minha postura, adoram marcar reuniões na minha casa para comer as especialidades veganas da Dona Olga (minha mãe).
Os demais amigos onívoros sempre me questionam: Por que se tornou vegana? O que é vegana? O que você come? E esses questionamentos me fazem abrir espaço para discussões a respeito de veganismo, proteção animal, dieta vegetariana estrita.

Amigos que lutam pela mesma causa.

4. Para você é importante ter um relacionamento amoroso com alguém que também seja vegetariana ou não se importaria em namorar com alguém que come carne? Por que?
R: Esse alguém tem que se questionar a respeito de seua hábitos e não tenho interesse em namorar uma pessoa que seja a favor do consumos de produtos de origem animal.

5. Quando você virou vegetariano, em quais lugares procurou informações sobre alimentação?!

R: Ao me tornar vegetariana procurei informações na internet basicamente. Com a ajuda do facebook fui conhecendo alguns veganos aqui da cidade e comecei a participar de eventos, como piqueniques, esse contato foi me auxiliando a solucionar minhas dúvidas. 

Amanhã eu posto a segunda parte da entrevista para que todos vocês leiam com carinho e pensem sempre no assunto.

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quarta-feira, 18 de setembro de 2013


Leishmaniose Visceral Canina (Calazar).

    A leishmaniose visceral canina (LVC) ou calazar é uma doença causada pelo protozoário Leishmania infantum e transmitida pela picada do inseto chamado Lutzomyia longipalpis (flebótomo ou mosquito palha). Portanto, o calazar não é transmitido para o humano pelo contato direto com um animal doente, caracteriza-se por ser uma doença não contagiosa. Vale ressaltar que a transmissão do cão para o inseto só ocorre quando o parasitismo é cutâneo (pele).
    Os cães infectados podem ser assintomáticos ou sintomáticos. Os assintomáticos podem apresentar sorologia positiva e não apresentar sintomas aparentes da doença, já os sintomáticos manifestam a doença e precisam ser tratados. Os sinais apresentados pelos sintomáticos são inespecíficos e podem estar presentes em outras doenças. Lesões na pele, anemias, problemas oculares, hepatite etc. Não se pode diagnosticar um cão apenas por seus sinais clínicos.
    O diagnóstico é difícil, já que a leishmaniose mimetiza outras doenças, o veterinário precisa de alguns exames, como os sorológicos e a punção de medula óssea.  A alta prevalência na nossa região (Nordeste) requer medidas preventivas eficazes por parte da comunidade e por parte dos governantes.  O uso de colar repelente substituído a cada 6 meses; cuidados na limpeza do ambiente; uso de plantas repelentes de insetos, como a citronela; não realização de passeios crepusculares (final da tarde) e noturnos, já que esse é o horário de maior atividade do inseto; vacinação dos cães contra LVC. Medidas de controle do vetor (inseto) deveriam ser realizadas efetivamente pelo Governo, porém o método de prevenção adotado no Brasil é sacrifício dos animais positivos detectados apenas pelo exame sorológico. Tal método se demonstra ineficaz no controle da doença, pois os insetos continuam disseminando a doença e também existem outros animais que podem funcionar como reservatórios, como gatos e animais silvestres.  
    O tratamento de cães com LVC já é rotina em outros países e no nosso a consciência dos médicos veterinários e da população têm mudado a triste realidade de muitos animais. Os protocolos terapêuticos veterinários atuais oferecem boas possibilidades de cura clínica, baixo grau de recidiva da doença (cão adoecer novamente) e diminuição do parasitismo cutâneo. 
Cuide, trate com responsabilidade, procure um médico veterinário de confiança e dê uma chance ao seu amigo canino.
Esse texto foi construído com base em leituras acadêmicas da área.

"Minha cadela Pilanha foi tratada e está saudável."
                                   




Escrito por: AMANDA LUIZA OLIVEIRA DO NASCIMENTO
ALUNA DE MEDICINA VETERINÁRIA – FAVET (Faculdade de Veterinária da UECE)
E-mail: amandaluiza01@hotmail.com





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